Durante o período de repressão política, o monitoramento da vida acadêmica interferiu na qualidade da produção científica e no distanciamento entre o governo e as instituições de ensino, contribuindo para o retrocesso do conhecimento conceitual. No início da abertura política, na década de 1980, em meio às crises de identidade da modernidade tardia, as empresas nacionais não se equiparavam aos concorrentes internacionais, com acesso a incentivos para realização de pesquisas de ponta. Concluem os anos 1980, vulneráveis a novas teorias administrativas e ansiosas por desenvolvimento. Sistemas administrativos externos de conhecimento empírico encontraram um ambiente propício para resultados em curto prazo. Neste estudo se investiga o consumo de educação continuada (pós-graduação lato sensu) estimulado por teorias administrativas como a reengenharia, pouco ou nada alicerçadas em pesquisa científica, mas em personalidades midiatizadas que abalaram o mercado e desestabilizaram profissionais, público da recepção midiática das instituições de ensino que passaram a investir em educação para recolocação nas organizações. Os indivíduos precisaram se recriar e buscaram requalificação, contribuindo assim para o crescimento de um segmento, até então sem evidência na mídia: a educação continuada. A investigação se inicia na reengenharia, continua com uma análise do crescimento dos cursos de educação continuada e em sua forma de divulgação indutora quanto ao futuro profissional promissor. Encerra-se com foco nas preferências dos processos seletivos no âmbito das corporações.
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